Outubro é o Mês da Conscientização da Celíase nos EUA
Comer alimentos sem glúten ajuda no combate a doença celíaca
Por Rosemary Black (NY Daily News, 6 de Outubro de 2008)
Imagine ter um problema sério de saúde, que é totalmente tratável (sem necessidade de remédios). Agora imagine nunca descobrir que você tinha esse problema, e acabar tendo alguns dos sérios efeitos colaterais, como anemia e osteoporose.
A doença celíaca – a inabilidade de digerir o glúten – é essa indisposição.
Não é incomum, mas apenas cerca de 5% de 1 em cada 100 norte americanos que a têm, sabem que a possuem.
Os médicos simplesmente não sabem o suficiente sobre os sintomas da doença, que são tão variados como dores estomacais a urticárias.
“É uma falha de identificação e de educação do médico”, diz o Dr. Peter H.R. Green, há sete anos diretor do Centro da Doença Celíaca, da Universidade de Columbia.
"A ponta do iceberg é o número de pessoas que têm sido diagnosticadas. A Celíase é a doença autoimune mais mal diagnosticada nesse país (EUA) hoje em dia."
Outubro é o Mês da Conscientização da Celíase e especialistas na doença querem levar à conscientização coletiva da celíase
Mas não são só más notícias. Atualmente, há novas marcas de produtos, livros de culinária, grupos de apoio e mesmo restaurantes onde os celíacos podem receber ajuda – e idéias deliciosas de refeições.
Embora as pessoas com celíase não costumem ter muitas opções no supermercado, isso está mudando em razão de centenas de novos produtos. Gluten Free & Fabulous trouxe uma linha de biscoitos e massas. A marca Pamela faz uma mistura para brownie de chocolate bem apetitosa, Van tem waffles sem glúten, e a Amy faz uma pizza sem glúten fabulosa, com massa de arroz. Entre os mais novos e populares produtos está a mistura para massa de pizza sem glúten do Bob's Red Mill. (Tem 28g de grãos, 3g de proteína e 4g de fibras em cada porção).
Sai esse mês um livro novo, “Gluten-Free Baking with the Culinary Institute of America” (Adams Media), do chef da C.I.A. Richard J. Coppedge. O livro contém receitas de pão-doce de canela sem glúten, pão francês, pizza, rosquinhas e bolos.
Embora esses produtos feitos com farinha sem glúten possam parecer meio sem gosto, Coppedge, que vem ensinando na C.I.A. há oito anos, desenvolveu várias combinações de farinhas, que ele usa para preparar uma variedade de pães, pãezinhos e bolos. Farinha de arroz, fécula de mandioca e fécula de batata são os ingredientes chave nas combinações.
“Pense além do cesto de pão,” diz o chef Coppedge. “Croissants e pães que usam o fermento biológico são os mais difíceis de fazer sem o glúten. As receitas sem glúten que melhor funcionam são aquelas que pedem pouca farinha e muitos ovos.” Panquecas, crepes e waffles. ficam muito bons quando feitos sem glúten, diz o chef.
Por quê de todas as novas comidas sem glúten?
A doença pode estar crescendo, diz o Dr. Green, e na verdade, estudos finlandeses sugerem que a doença celíaca é muito mais comum. Ninguém tem certeza do que a causa, embora haja fatores de risco: se um parente a tem, ou se você é diabético, você tem uma maior probabilidade de tê-la. Quatro vezes mais mulheres do que homens têm celíase.
Pode afetar pessoas de todas as idades.
E mesmo o momento escolhido para começar a alimentar seu bebê com farinha pode aumentar a possibilidade dele ter a doença celíaca.
“Se você der glúten a uma criança pela primeira vez antes dos quatro meses de idade, ou depois dos sete meses, as chances de adquirir a celíase são maiores,” diz o Dr. Green.
A amamentação é uma proteção, ele acrescenta, e pode prevenir algumas crianças de ter a doença.
Os sintomas podem ser tão variados como inchaço ou problemas neurológicos.
Um exame de sangue é usado para diagnosticar a doença, juntamente da endoscopia. Geralmente, assim que o glúten é retirado da dieta, as pessoas começam a se sentir melhores, diz Green.
Translated by Sam.
