Segundo
os especialistas em sono, a insônia é um sintoma, e não uma doença em si mesma,
e é desencadeada por fatores como estresse, ansiedade, paternidade, problemas
financeiros, afetivos ou no trabalho, dor, abuso de substâncias, cafeína,
nicotina e uso do álcool.
Os problemas originados pela insônia, na população em geral, resultam em
prejuízo econômico para a sociedade, incluindo despesas médicas, acidentes e
perda da produtividade no trabalho.
O
primeiro passo para combater a insônia crônica é uma visita a um clínico geral
e, se necessário, procurar a indicação de uma clínica do sono.
O
tratamento costuma ser simples e direto. A chave da cura é a perseverança.
Se for um problema comportamental, por exemplo, um psicólogo poderá adotar algum
tipo de terapia comportamental cognitiva no paciente. Isso envolve aprender a
dormir corretamente e fazer a pessoa seguir uma boa higiene do sono –
certificando-se de que seu quarto esteja arejado e escuro, limitando as
atividades no aposento a dormir e ao sexo. Em outros casos, o tratamento de uma
dor, outros problemas médicos ou psicológicos podem melhorar o padrão de sono
da pessoa.
Relaxar
antes de cair no sono é vital. Segundo os especialistas, seu corpo precisa de
uma ou duas horas para relaxar. Um indivíduo não pode esperar ir à academia,
malhar, ler 200 emails e então apertar um botão e pegar no sono
instantaneamente. A insônia está aumentando porque as pessoas estão sendo
superestimuladas por telas e acessórios colocados perto da cama. Telefones
celulares, televisores e computadores deveram ser deixados fora do quarto de
dormir. As oportunidades de se envolver em atividades outras que dormir cresceram
enormemente nos últimos cem anos. É só lembrar que antigamente não existia a
energia elétrica e, portanto, não havia nada mais que fazer além de ir dormir,
assim que o sol se punha.
Os
fatos sobre os distúrbios do sono
A falta de sono pode ocasionar fadiga, falta de concentração, problemas de
memória, distúrbios do humor, dificuldade de raciocínio e tempo de reação mais
lento. O cérebro vai do sono leve ao sono profundo – e eventualmente ao o sono
REM (movimento rápido dos olhos).
Os
quatro estágios do sono NREM (não-rem)
Estágio 1: Cochilo ou sonolência. A pessoa fica num estado entre adormecido e
acordado.
Estágio
2: O momento de adormecer. A pessoa perde a consciência de onde se encontra. A
temperatura corporal começa a cair. A respiração e o batimento cardíaco desaceleram.
Estágio
3: O sono profundo, também conhecido como sono delta. A pressão sanguínea,
batimento cardíaco e respiração se tornam muito lentos e seus músculos relaxam.
Estágio
4: O estágio mais profundo do sono, conhecido como verdadeiro delta. Os
processos de crescimento e reparação ocorrem durante esse estágio.
O sono REM ocorre regularmente, cerca de uma vez a cada 90-120 minutos.
As ondas cerebrais no sono REM são mais rápidas que no sono não-REM.
O
sono REM é associado com os sonhos e com o estímulo de partes do cérebro usadas
no aprendizado, enquanto a reparação corporal (celular) e o crescimento tendem
a acontecer durante o sono NREM.
O Relógio do Corpo
O
sono é regulado por um relógio interno, que segue os ciclos dia-noite – os
chamados ritmos circadianos. Quando o sol de põe, seu cérebro começa a liberar
substâncias químicas, até que você se sente pronto para ir para a cama. Pela
manhã, a exposição à luz solar instrui o seu cérebro a liberar substâncias
químicas para acordá-lo.
Distúrbios
do sono comuns
Insônia – Dificuldade em pegar no sono ou permanecer adormecido. A insônia pode
ser causada por fatores como estresse, ansiedade, depressão, paternidade,
dificuldades financeiras, problemas no trabalho, afetivos, luto, dor, abuso de
substâncias, cafeína, nicotina e alcoolismo.
Jet
Lag – Um fuso horário diferente pode desregular o relógio interno, que leva
alguns dias para voltar ao normal. Pessoas que trabalham no turno da noite
podem apresentar os mesmos sintomas de um jet lag.
Narcolepsia – Cansaço extremo e sono intermitente durante o dia; pode incluir cochilo
involuntário.
Distúrbio
de movimento periódico dos membros – Espasmos musculares das pernas que
frequentemente acordam o indivíduo. Esse distúrbio é mais comum em pessoas de
meia idade e idosos.
Síndrome das pernas inquietas – Cãibras ou irritação nas pernas, que fazem a
pessoa precisar mover suas pernas ou levantar-se e caminhar.
Ronco – Respiração pela boca durante o sono, fazendo sons roucos ou agressivos.
O ronco é mais comum em homens.
Apneia
do Sono - As vias aéreas superiores são bloqueadas, fazendo com que o fluxo de
ar e a respiração sejam interrompidos por um tempo durante o sono.
Síndrome
da Mioclonia do Sono – Sensação de espasmo muscular, ou sensação de queda que
acontece quando uma pessoa está começando a pegar no sono.
Sonambulismo
– Afeta mais as crianças do que os adultos.
Distúrbio
de Comportamento do sono REM – O adormecido tende a agir de acordo com o que
está acontecendo em seus sonhos, o que pode levar a chutar ou dar socos inconscientemente.
Tratamentos
para a Insônia
1. Tratar condições médicas subjacentes ou psicológicas.
2.
Gerenciamento do estresse e técnicas de relaxamento.
3.
Terapia cognitiva comportamental - desenvolvimento de bons hábitos de sono.
4.
Terapia da luz.
5.
Diários do sono.
6. Comprimidos para dormir (uso a curto prazo).
7.
Mudanças de estilo de vida - dieta e exercício.
Dicas
para Dormir
- Tome um banho ou uma ducha antes de dormir.
-
Beba uma xícara de leite ou chá de camomila.
-
Use meias para manter seus pés aquecidos.
- Não assista TV, ou use laptops e tablets na cama.
- Deixe o quarto arejado e escuro.
- Evite exercícios extenuantes ou comer logo antes de ir dormir.
- Não fume ou ingira bebidas com cafeína antes de dormir.
- Cubra relógios despertadores iluminados.
- Deixe telefones celulares desligados ou em outro aposento.