Segundo
a Associação Espanhola de Pediatria, 40% de crianças e adolescentes na Espanha apresentam
problemas de excesso de peso, ou antecedentes familiares de
hipercolesterolemia, o que pode aumentar a chance de que sofram de colesterol
alto no futuro.
Saiba
mais sobre: Colesterol bom versus ruim
O
colesterol alto na infância não é um problema apenas dos espanhóis. No Brasil,
assim como em muitos outros países, fatores como obesidade, má alimentação e
sedentarismo têm facilitado o surgimento de problemas de colesterol em
crianças.
Se
há alguns anos os níveis de colesterol altos, com seus riscos implicados,
estavam confinados à esfera dos adultos, não faz muito tempo que se vem
detectando este transtorno cada vez mais presente na população infanto-juvenil.
Segundo a Associação Espanhola de Pediatria, já se sabe que a
hipercolesterolemia e sua principal consequência, a aterosclerose (formação de
placa de ateroma, isto é, acúmulo de lipídios na parede arterial) se inicia na
infância, progride na adolescência e se manifesta na idade adulta.
A aterosclerose (ou doença aterosclerótica) é a principal causa de mortalidade nos países desenvolvidos e, por isso, converteu-se em prioridade a prevenção da mesma desde o primeiro instante em que começa, ou seja, na infância. Este é um dos motivos que levou os pediatras a recomendarem a realização de testes ou exames para determinar os níveis de colesterol, especificamente o chamado mau colesterol, ou LDL, em crianças (a partir de 2 anos de idade) e nos adolescentes com excesso de peso, ou cujos pais sofram de hipercolesterolemia, ou doença cardiovascular precoce.
Os
médicos ainda não têm em mãos resultados definitivos que permitam estabelecer a
partir de que níveis de colesterol o processo de aterosclerose se acelera, mas já
sabem que metade das crianças com valores elevados de colesterol LDL continuam com
hiperlipidemias (presença de níveis anormais ou elevados de lipídios) nos anos subsequentes,
com o risco que envolve o surgimento problemas cardiovasculares precoces. Daí a
importância de identificar-se esta população de risco para poder atuar de forma
preventiva o mais cedo possível.
É essencial que seu filho adote hábitos saudáveis. Em principio, os pediatras estabeleceram que quando o nível do mau colesterol no sangue supera 130 mg/dL, deve começar-se um tratamento que, num primeiro momento, se centrará na mudança dos hábitos alimentares e do estilo de vida por outros mais saudáveis. Entre as principais recomendações estão:
Preparar
refeições adaptadas às necessidades calóricas da criança. Isto significa
diminuir a ingestão total de gorduras (carne, embutidos, manteiga, queijos,
etc.), aumentar a qualidade de gordura derivada de peixes e azeite de oliva,
além de reduzir o consumo de colesterol que existe em alimentos como ovos, ou
doces industrializados.
Nos
casos em que o índice do mau colesterol é alto, os especialistas aconselham um
acompanhamento dietético-nutricional, e a realização de exercícios físicos.
Se,
apesar de tudo, os níveis de colesterol não baixarem depois de 6-12 meses, e se
continuarem elevados, alguns médicos aconselham que se avalie a possibilidade
de um tratamento farmacológico a partir dos 10 anos de idade.
Mais
informações:
- Sociedade Brasileira de Pediatria
- Sociedade Portuguesa de Pediatria
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