A
doença celíaca (DC) é uma intolerância alimentar que é cada vez mais comum no
Brasil, e especialmente nos países que tenham alguma parcela da população com
origem europeia (os asiáticos, como chineses e japoneses não sofrem da doença).
Estima-se que ao menos 1% da população seja portadora da DC. O intrigante é que
a DC tem se manifestado cada vez mais em adultos com mais de 60 anos.
Esta
patologia é caracterizada por uma intolerância a uma proteína presente no
glúten, em certos cereais, fundamentalmente o trigo, o centeio, a cevada e a
aveia, bem como em qualquer de suas variedades. As pessoas que sofrem desta intolerância
devem eliminar totalmente da dieta todos os alimentos que contenham estes ingredientes,
ou produtos derivados, como pães, massas, cereais, etc.
E
quais alimentos podem ser consumidos? Ovos, leite, carnes, pescados, cereais sem
glúten (arroz, milho, quinoa, etc.), frutas e hortaliças em geral.
Por outro lado, deve-se ter muito cuidado com todos os alimentos elaborados industrialmente, já que podem trazer o glúten 'camuflado' e provocar consequências negativas. Por isso, recomenda-se ler sempre os rótulos nutricionais de todos os produtos comprados. Mesmo naqueles produtos que você já conhece e costuma consumir, é bom ao menos verificar rapidamente no rótulo a presença do aviso ‘não contém glúten’, pois a fórmula do alimento pode ser alterada a qualquer momento.
Hoje em dia, em geral, há muito cuidado com todo este tema das alergias alimentares e costuma-se especificar nos rótulos ou embalagens se o alimento contém ou não glúten. Mas há outros conservantes que podem ou não fornecer este aviso, e não temos como saber se fazem mal para um celíaco, como por exemplo: E- 1404, E-1410, E-1412, E-1413, E-1414, E-1420, E-1422, E-1440, E-1442, E-1450, fécula, sêmola, proteína hidrolisada e vegetal, extrato de levedura, amiláceos, amidos modificados, etc. Em caso de dúvida, o mais recomendado a fazer é entrar em contato com o fabricante e solicitar esclarecimentos sobre a presença ou não do glúten no alimento.
Outro ponto a levar em conta, e certamente, muito importante, é a manipulação e a contaminação cruzada, ou seja, não cozinhar nem utilizar utensílios que foram usados anteriormente na elaboração de alimentos que continham glúten. Isto pode acontecer em lugares como refeitórios escolares, bares, restaurantes, etc.
Também é importante ressaltar que não se deve adotar uma dieta sem glúten sem motivo, ou seja, se não houve diagnóstico da doença celíaca através de uma biopsia intestinal que demonstre esta intolerância. Embora seja verdade que estejam surgindo casos de sensibilidade ao glúten não celíaca, ou seja, encontramos os sintomas que são semelhantes aos da doença celíaca, mas na hora de realizar os testes para determinar a patologia, estes têm um resultado negativo. Atualmente, prosseguem os estudos para que se possam reconhecer com exatidão estas situações.
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