Os adultos podem ser implicantes como crianças na hora de comer!
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Como fazer as crianças comerem mais legumes?
Experimentar uma comida diferente lhe enche de pavor? Você evita ir a festas e restaurantes porque pode ser persuadido a comer comidas desconhecidas ou comidas que não gosta?
Você gosta mais de comidas de gosto suave, como macarrão, pão ou batatas?
Pode soar como um medo infantil, mas hoje em dia está sendo reconhecido como um grave problema o caso de adultos muito exigentes na alimentação.
As Universidades de Pittsburgh e de Duke, nos EUA, lançaram o primeiro registro nacional dos “picky eaters” (aquelas pessoas que escolhem comer apenas certos alimentos) - uma condição que estão considerando incluir como uma desordem alimentar.
A doença seria distinta da anorexia, por não ser movida por uma preocupação com o aumento de peso, ou com a imagem do próprio corpo.
Mas há uma diferença real entre as pessoas que estremecem ao ver cogumelos em sua pizza, e aquelas que poderiam ser classificadas como tendo uma condição clínica.
Essa condição, de ser seletivo demais na escolha dos alimentos, tem de afetar a saúde ou o bem estar da pessoa.
Um caso grave seria de uma pessoa que prefere evitar festas, restaurantes, almoços de negócios e jantares, do que enfrentar um ambiente de comidas desconhecidas.
O registro citado acima, conhecido como “Food FAD (Finicky Eating in Adults) Study”, tem atraído milhares de participantes. Esse estudo é um primeiro passo para a definição da base de futuras pesquisas.
O hábito de implicar com a comida normalmente tem início na mais tenra infância, e funcionaria como uma salvaguarda evolutiva. Se pensarmos em termos de desenvolvimento, faz sentido que, quando as crianças estão aprendendo a andar, tenham mais medo de colocar coisas em suas bocas.
Na adolescência, a maioria dos jovens supera essa fase. Crianças que são extremamente seletivas em seus hábitos alimentares poderiam ser diagnosticadas como tendo uma doença chamada de “Desordem Alimentar da Infância” (“Feeding Disorder of Infancy or Early Childhood ”), que foi reconhecida a partir de publicação no “Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders”. Mas já há uma proposta para incluir os adultos nessa desordem, e mudar o nome da condição para “Avoidant/Restrictive Food Intake Disorder”.
Um exemplo de uma pessoa que é muito seletiva ao comer, mas não seria classificada como tendo alguma desordem alimentar, seria alguém que não suporta comer legumes cozidos, mas não se importa de comê-los crus. Isso não é uma desordem, pois há muitos alimentos que essa pessoa pode escolher para que sua saúde não seja prejudicada.
Muitas crianças que são implicantes na alimentação tem pais que se comportam da mesma forma.
Os adultos que são seletivos tendem a gostar de comidas suaves, sem cor, como macarrão sem molho, ou batatas fritas.
Tanto em crianças como em adultos, ser seletivo na alimentação pode ser causado por uma “neofobia alimentar”, ou seja, o medo de comidas novas, diferentes, por uma sensibilidade sensorial a certas texturas, ou até mesmo por experiências traumáticas como ter sido forçado a comer algo na infância.
Mas como mudar – ou aprimorar - os hábitos alimentares?
Como uma pessoa que segue uma dieta de emagrecimento, ou que sofre de intolerância a determinado alimento, tudo passa pela reeducação alimentar.
Procurar a ajuda de um profissional da saúde, para avaliar as possíveis deficiências nutricionais e elaborar uma dieta mais saudável, é um primeiro passo.
Mas existem muitas maneiras de um adulto se educar e descobrir o sabor dos alimentos.
Cozinhar mais em casa, comprar alimentos frescos em feiras de rua, consultar livros e revistas de culinária, são todas formas de descobrir o verdadeiro sabor dos alimentos. Comer deve ser um grande prazer na vida, não uma obrigação.
Aulas de culinária, por exemplo, podem ser um jeito divertido de aprender coisas novas e conhecer pessoas interessantes.
Viajar, observando e experimentando o que a gente de outros lugares come, também pode ser muito enriquecedor, tanto para o paladar como para a mente.
II- Como fazer as crianças comerem mais legumes?
Para todos aqueles pais que lutam para fazer seus filhos comerem legumes, pesquisadores alemães têm um conselho: mantenha os legumes crocantes, preparando-os na água ou no vapor.
Os pesquisadores escolheram dois tipos de legumes mais populares – cenouras e vagem – e cozinharam de seis formas diferentes. Então ofereceram para estudantes na merenda escolar, para descobrir como eles gostavam mais de comê-los.
As cenouras e as vagens foram feitas amassadas, cozidas, no vapor, refogadas e fritas, e então foram servidas às crianças, com idades entre 4 e 12 anos. Um grupo controle de adultos de 18 a 25 anos provou os mesmos legumes.
As crianças da maioria dos países comem menos hortaliças do que o recomendado pelos profissionais da saúde. Na pesquisa, descobriu-se que a maioria das crianças gostou mais dos legumes cozidos na água ou no vapor.
Parece que isso se deve ao fato das cenouras e vagens preservarem seu sabor original, cor e crocância, e que este modo de cozimento, com o qual as crianças estão bem familiarizadas, mantém a superfície dos vegetais uniforme e sem qualquer coloração amarronzada.
O gosto por um vegetal foi determinado por uma mistura complexa de aparência uniforme, textura facilmente controlável na boca e o gosto típico e familiar do vegetal.
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