terça-feira, 12 de outubro de 2010

Receita para uma vida longa e saudável


Comer queijo ajuda a preservar e melhorar o sistema imunológico dos idosos
Sociabilidade é a Chave para uma Vida Longa

A dieta mediterrânea há muito tempo vem sendo aclamada como a receita perfeita para uma vida longa.

Pesquisadores argumentaram que os alimentos são eficientes contra uma variedade de doenças, do Alzheimer ao câncer.

No entanto, um novo estudo sugere que nem todos os ingredientes carregam os mesmos benefícios.

Os pesquisadores descobriram que comer grandes quantidades de peixe e frutos do mar, ou poucas quantidades de derivados do leite, tradicionalmente associados com a dieta, fez pouco ou nada para aumentar o tempo de vida de uma pessoa.

Entretanto, beber uma taça de vinho ao dia, com grandes quantidades de frutas, verduras e azeite de oliva, e reduzir o consumo de carne vermelha, contribui sim para uma vida mais longa.

Foi a primeira vez que identificaram que partes individuais da dieta mediterrânea podem contribuir mais para a longevidade.

Pesquisas anteriores descobriram que seguir a dieta pode proteger o cérebro contra o desenvolvimento do Alzheimer, e de outros problemas de memória.

A variedade de ingredientes também reduz as chances de desenvolver doenças do coração, e até mesmo diminui o risco de ser diagnosticado com câncer. O último estudo, que seguiu 23 mil pessoas, descobriu que aqueles que aderiram o mais próximo da dieta mediterrânea típica tinham 14% mais chance de ainda estarem vivos depois de 8 anos.

A análise sugere que os componentes dominantes da dieta mediterrânea são o consumo moderado de álcool, principalmente na forma de vinho durante as refeições, como é tradição nos países mediterrâneos, baixo consumo de carne e seus derivados, e alto consumo de hortaliças, frutas, nozes e azeite de oliva.


Beber vinho foi o mais benéfico para aumentar o tempo de vida, seguido de redução no consumo de carne e comer muitas frutas, hortaliças e nozes.

Também há um benefício claro na combinação dos componentes-chave da dieta, como por exemplo, consumir muitos vegetais com azeite de oliva.

Mas essas descobertas não significam que comer peixe traga poucos benefícios à saúde.

Estudos anteriores sugeriram que os ácidos graxos ômega 3 encontrados em peixes como o atum e o salmão podem ajudar a proteger o cérebro do envelhecimento e mesmo reduzir o risco do câncer de próstata nos homens.

Resumindo, essas descobertas levam a uma recomendação simples: “Siga ao máximo a dieta Mediterrânea por que isso reduzirá a incidência de doenças crônicas”.

Comer queijo ajuda a preservar e melhorar o sistema imunológico dos idosos

Comer queijo pode ajudar a preservar e melhorar o sistema imunológico das pessoas mais velhas, atuando como portador das bactérias probióticas, segundo descoberta de um grupo de pesquisadores da Universidade de Turku (Finlândia), em estudo publicado na revista “FEMS Immunology and Medical Microbiology”, que revela também que o consumo diário de queijo probiótico ajuda a enfrentar as alterações causadas pelo envelhecimento do sistema imunológico. Segundo o autor principal deste trabalho, Fandi Ibrahim, “o envelhecimento da população que acontece nas sociedades modernas cria a necessidade de encontrar caminhos inovadores para frustrar a deterioração do sistema imunológico, como uma prioridade”. A ingestão de bactérias probióticas melhora a resposta imunológica através de outros produtos, e agora se descobriu que o queijo pode ser um portador destas bactérias.


A equipe de pesquisa crê que a ingestão diária de queijo probiótico pode frear a deterioração do sistema imunológico associada à idade, conhecida como imunosenilidade.

Essa deterioração significa que o organismo é incapaz de matar as células tumorais e que reduz a resposta imunológica à vacinação e às infecções.

As doenças infecciosas, as desordens inflamatórias crônicas e o câncer são características da imunosenilidade.

Para combater a imunosenilidade, este grupo de pesquisadores se focou no trato gastrointestinal, a entrada principal para bactérias no corpo através da comida e da bebida, além do lugar onde 70 por cento das vitais células de imunoglobulina são criadas.

Os cientistas pediram a um grupo de voluntários entre 72 e 103 anos, todos morando no mesmo lugar, que comessem um placebo ou uma porção de queijo Gouda probiótico no café da manhã, durante quatro semanas. Depois realizaram análises de sangue para descobrir o efeito das bactérias probióticas do queijo no sistema imunológico. Os resultados demonstraram uma clara melhora da imunidade natural e adquirida através da ativação das células sanguíneas NH e o aumento da atividade fagocitária.



O objetivo desse estudo era ver se bactérias probióticas específicas do queijo podiam ter efeitos benéficos ao sistema imunológico dos idosos de um asilo. Foi demonstrado que o consumo regular de queijo probiótico pode melhorar o sistema imunológico e sua inclusão na dieta melhora a resposta imunológica dos idosos às mudanças externas.


Sociabilidade é a Chave para uma Vida Longa

Pessoas que vivem bastante são amigáveis, vivem com suas famílias e levam uma vida saudável. E segundo pesquisas, também são extrovertidas e sabem expressar livremente seus sentimentos.

Em entrevista feita com homens e mulheres maiores de 90 anos (26 homens e 62 mulheres), oitenta por cento dos homens disseram ser sociáveis, assim como 69 por cento das mulheres. Perguntados sobre se expressavam seus sentimentos com frequência, mais de 50 por cento disseram que sim. Apenas quatro das mulheres entrevistadas mostraram sintomas de uma possível depressão.

A maioria vivia com a família ou outras pessoas. A proporção daqueles vivendo com familiares próximos ficou em 87 por cento entre as mulheres e 36 por cento entre os homens. A idade dos familiares que apoiavam os entrevistados era de 63 anos em média. Em outras palavras, os velhos apoiavam os mais idosos. E quanto mais estável sua condição financeira, maior a chance de morarem com familiares próximos. Apenas 9% dos idosos levavam uma vida solitária.

Uma vida saudável também é um fator importante. A maioria dos idosos disse comer regularmente, e em quantidades moderadas.

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