É
incrível, mas poucos anos atrás a maioria das pessoas não sabia nada, ou muito
pouco sobre a intolerância ao glúten. Hoje é comum que se conheça ao menos um
familiar ou amigo que tenha sido diagnosticado com a doença celíaca. Estamos
diante de uma patologia que vem crescendo na população mundial. Ao menos é o
que explicam os especialistas em doenças digestivas, ao alertar que tanto o
número de casos novos, como o aumento da idade dos mesmos tem sofrido um
incremento nos últimos anos. Atualmente se calcula que um de cada cinco novos
diagnósticos é feito em pacientes maiores de 60 anos. Isto acontece
simplesmente porque os especialistas conhecem mais e, consequentemente, podem
rastrear melhor a doença.
Hoje
podemos ser mais otimistas, já que conhecemos melhor a celíase e, assim, ela é
diagnosticada com uma maior certeza e mais precocemente. Além disso, existe uma
variedade crescente de produtos sem glúten, que facilitam a vida do paciente
celíaco.
O trabalho de conscientização, portanto, é fundamental. Por este motivo, no Brasil e em outros países, o mês de maio é dedicado à conscientização sobre a celíase, um transtorno caracterizado basicamente pela intolerância permanente ao glúten, una proteína presente em cereais de consumo habitual, fundamentalmente o trigo, que provoca lesões intestinais severas nos indivíduos afetados.
Uma dieta sem glúten
O trabalho de conscientização, portanto, é fundamental. Por este motivo, no Brasil e em outros países, o mês de maio é dedicado à conscientização sobre a celíase, um transtorno caracterizado basicamente pela intolerância permanente ao glúten, una proteína presente em cereais de consumo habitual, fundamentalmente o trigo, que provoca lesões intestinais severas nos indivíduos afetados.
Uma dieta sem glúten
Por este motivo, os médicos insistem na importância do diagnóstico precoce e correto. Neste sentido, o mais importante é: ao suspeitar da existência dos sintomas da doença, procurar imediatamente os especialistas adequados para diagnosticá-la, tratá-la e acompanhá-la ao longo da vida.
É
essencial que se facilite economicamente o caminho para os afetados, já que só existe
um tratamento, que é o de seguir uma dieta sem glúten rigorosa, por toda a
vida. Esta dieta acaba sendo bem mais cara se comparada à alimentação
convencional - apesar de que estes produtos têm se popularizado e com isso seu
preço têm se reduzido um pouco.
Casos não diagnosticados
Uma a cada 80-100 pessoas é celíaca, e calcula-se que apenas 10% sabe ser portador desta condição. Isto acontece porque as primeiras manifestações da doença costumam ser difusas, e porque um grande número de pacientes vive com pouco ou nenhum sintoma durante anos, o que dificulta e atrasa consideravelmente o diagnóstico e posterior tratamento.
Esta intolerância faz com que o celíaco tenha de comer alimentos diferenciados, graças a uma intolerância permanente às proteínas do glúten, presentes em cereais como trigo, cevada, centeio e aveia, e que resulta principalmente em uma lesão inflamatória da mucosa do intestino, produzindo um quadro de má absorção – embora hoje em dia se saiba que pode afetar qualquer órgão ou sistema.
Dez pontos chave desta patologia
1. A celíase é permanente: ou seja, uma pessoa é ou não celíaca, mas não pode deixar de sê-lo, como acontece no caso de outras alergias alimentares.
2. É de caráter autoimune: existe uma resposta imunológica anômala diante do glúten, a proteína dos cereais.
3. Sua base é genética: o afetado nasce com uma predisposição genética a sê-lo e posteriormente pode desenvolver ou não a doença. Para isso ele precisa estar em contato com o glúten. Existem fatores ambientais (infecções, situações de estresse digestivo, etc.) que fazem com que um indivíduo geneticamente predisposto consumindo glúten, em um momento determinado de sua vida, desenvolva a doença.
4. A lactância materna pode ter um efeito protetor contra o desenvolvimento da doença.
5. Sintomas muito variados de acordo com a idade de apresentação da doença, com manifestações menos chamativas nos adultos e formas assintomáticas em familiares.
6. Às vezes, especialmente na idade adulta, pode surgir com complicações (osteoporose, infertilidade, abortos, doenças autoimunes da tireoide, diabetes, etc.).
7. Houve grandes avanços no diagnóstico. Hoje em dia, se dispõe de marcadores sorológicos muito específicos, e da biopsia intestinal que segue sendo a prova fundamental para o diagnóstico seguro em casos selecionados. O estudo genético é muito útil na avaliação do risco genético.
8. O único tratamento para a doença celíaca é a dieta rigorosamente isenta de glúten por toda a vida, uma dieta muito saudável, variada e equilibrada, baseada em alimentos naturais, que leva à normalização da mucosa intestinal e ao desaparecimento dos sintomas.
9. Atualmente também conhecemos a sensibilidade ao glúten não celíaca. Surge em pessoas que, sem serem celíacas, apresentam sintomas que respondem positivamente a uma dieta sem glúten.
10. Adotar uma dieta sem glúten como moda não tem sentido, porque o glúten não é tóxico para o paciente que não sofre da doença celíaca. Basear uma dieta em alimentos naturais, levando uma dieta variada e equilibrada é o ideal, o que não implica em ter de retirar o glúten da pessoa que não é celíaca.
O
conhecimento básico
Algumas informações básicas podem ajudar o paciente recém-diagnosticado a levar um estilo de vida sem glúten de forma fácil e saudável:
Conhecer
a lista de alimentos aptos para celíacos:
- Alimentos sem glúten: os que não contêm glúten por natureza (frutas, verduras, legumes, carnes e pescados, azeites vegetais, açúcar, ovos, leite, iogurte natural e queijos macios e frescos – não processados com ingredientes adicionais).
- Alimentos sem glúten: os que não contêm glúten por natureza (frutas, verduras, legumes, carnes e pescados, azeites vegetais, açúcar, ovos, leite, iogurte natural e queijos macios e frescos – não processados com ingredientes adicionais).
- Alimentos que podem conter glúten: podem ser consumidos apenas após haver-se comprovado em sua composição e rótulo que não contêm glúten (produtos elaborados, cremes e pudins, leites batidos, embutidos e molhos preparados, molhos de soja, leveduras hidratadas, e doces como chocolate, cacau ou balas). Ler os rótulos dos alimentos, informar-se com os provedores - cozinheiros, padeiros, etc. - deve fazer parte da rotina diária do celíaco.
- Alimentos com glúten: elaborados a partir dos cereais proibidos para os celíacos (massas, confeitaria, granolas, muesli), fabricados com trigo, aveia, cevada ou centeio; produtos manufaturados nos quais entre em sua composição algum destes cereais, o molho bechamel, chocolate e bebidas preparadas com cereais, como a cerveja.
-
Na cozinha é fundamental manter sempre limpos e bem lavados tanto os utensílios
de cozinha que serão usados, como a pia e a mesa, para assegurar-se de que não fiquem
restos de alimentos que possam conter glúten.
-
Evitar fritar alimentos sem glúten em óleos onde previamente foram fritos
produtos com glúten.
-
Sinalizar os produtos sem glúten para evitar confusão, ou armazená-los em um
espaço diferenciado dos demais alimentos.
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