O sakê não é um licor destilado, mas sim fermentado. Assim como a cerveja, o sakê é produzido com grãos ricos em carboidratos, e não com frutas ricas em açúcar. No entanto, a diferença está no sakê nunca ser gaseificado.
Algumas pessoas não se arriscam a experimentar o sakê, pela crença errônea de que a bebida é tão alcoólica quanto uma aguardente, quando na verdade não é assim. Ao contrário da crença popular, não é uma bebida forte. A maioria dos sakês contém entre 14% e 16% de álcool.
E, no entanto, uma vez degustado as sensações são surpreendentes.
Aqui vão algumas dicas para conhecer um pouco melhor essa bebida de origem japonesa, e apreciar seus matizes e aromas.
Combina bem com pratos leves como o sushi. Embora combine perfeitamente com a culinária japonesa, pode ser servido com outros pratos, e também é um excelente aperitivo.
Ao contrário do vinho, o sakê não melhora com o tempo. Deve ser consumido pouco depois de ser adquirido (o mais tardar no mesmo ano de sua compra). Uma vez aberto, deve ser consumido dentro de um a dois dias.
Quanto a temperatura, os sakês ‘premium’ deveriam ser tomados gelados (abaixo de 7 graus). O sakê comum pode ser apreciado à temperatura ambiente, ou suavemente aquecido (em caso algum o sakê deve ser aquecido a mais de 60 graus, pois altera o seu sabor). Para aquecê-lo, normalmente se faz em banho-maria, embora existam aparelhos especiais para tal função.
O sakê é classificado por seu grau de pureza, seu polimento (cada grão de arroz deve ser polido, para que se obtenha um sakê de ótimo sabor) e não em função do tipo de arroz com que se elabora (outra diferença do vinho, cuja classificação depende sim do tipo de uva com que é produzido).
Existem muitos tipos de sakê, e entre os mais comuns, destacam-se:
- Ginjo: com um nível de pureza de 70%. O melhor é bebê-lo em uma taça de vinho branco, ou em algum copo baixo de vidro ou cristal, com os copos resfriados. Nesse caso, não seria recomendável utilizar os típicos copinhos de porcelana, já que esses são para o sakê quente. Ideal como acompanhamento de uma refeição leve, ou um aperitivo.
- Junmai: é um sakê mais ‘para o diário’. Em geral é servido numa garrafinha de porcelana chamada de ‘Tokkuzi’, junto de seus copinhos, que também podem ser de cerâmica.
O junmai é feito apenas de arroz, fermento, um tipo natural de mofo (como o fungo que cresce na casca da uva) chamado de koji, e água.
-Daiginjo: o sakê mais reservado e mais caro. Sua produção é muito artesanal e delicada.
Futsushu é como é chamado o sakê comum de mesa, que é vendido em toda parte, e servido quente para disfarçar sua aspereza. Já o chamado tokutei meishoshu, ou sakê de designação especial, é complexo, delicado e de sabor refinado. Pense no futsushu como um espumante barato, e no tokutei meishoshu como Champagne.
O Sakê é feito de grãos de arroz polidos e
fermentados. Quanto mais polido o arroz, melhor é o sakê. O sakê é rotulado
pela quantidade de arroz que sobra após o polimento – assim, quanto menor o
número, mais ‘premium’ é o sakê.
Futsushu, o sake comum, é polido até que reste
cerca de 70 por cento dos grãos de arroz, enquanto que os melhores sakês podem
ser polidos tanto que reste apenas 20 por cento do arroz.O honjozo é feito da mesma forma que o junmai, mas com o acréscimo de um pouquinho de álcool. Assim, se o sakê é rotulado de junmai ou honjozo, terá sido polido até restar 70% ou menos do grão. Ao observar-se a palavra ginjo no rótulo da bebida, o sakê está um degrau acima, tendo sido polido até restar 60% ou menos dos grãos.
Já o daiginjo premium terá 50% ou menos de grãos restantes.
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